I Encontro Estadual Mulheres de Axé do Rio de Janeiro

O I Encontro Estadual Mulheres de Axé do Rio de Janeiro foi realizado pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2011, no município do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.

O evento teve como objetivos: contribuir para qualificar o ativismo das mulheres de terreiro, fortalecer e ampliar a participação das mulheres nos espaços de defesa dos direitos humanos e do controle social de políticas públicas.


Público: Mulheres de terreiros do Estado do Rio de Janeiro, Gestores de saúde e da promoção da igualdade racial

Local: Arcos Rio Palace Hotel
Avenida Mem de Sá 115 - Lapa - Centro/ RJ

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Saúde da Mulher promove ações para as mulheres negras: o que percebemos é muita timidez e descontinuidade nas ações de saúde



"A área técnica de Saúde da Mulher tem como um de seus compromissos promover melhoria das condições de saúde das mulheres negras, ao incluir ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção de doenças. Sabe-se que as mulheres negras sofrem dois tipos de discriminação: a racial e a de gênero.


Dados da publicação Saúde Brasil 2007 relatam que:
• entre as mulheres de raça/cor preta e parda, as doenças cerebrovasculares foram as principais responsáveis pelos óbitos. O risco dessas mulheres morrerem por essa causa foi duas vezes maior que entre as mulheres brancas.
• entre as mulheres pardas, os homicídios respondem pela segunda causa de morte, com um risco três vezes maior em comparação às brancas.
• o vírus do HIV ocupa o segundo lugar no ranking de mortalidade entre as negras. O risco de morte é 2,6 vezes maior que entre as mulheres brancas.


Há ainda, no Brasil, um consenso entre os diversos estudiosos acerca das doenças e agravos prevalentes na população negra, com destaque para:
a) geneticamente determinados – tais como a doença falciforme, deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase, foliculite;
b) adquiridos em condições desfavoráveis – desnutrição, anemia ferropriva, doenças do trabalho, DST/HIV/AIDS, mortes violentas, mortalidade infantil elevada, abortos sépticos, sofrimento psíquico, estresse, depressão, tuberculose, transtornos mentais (derivados do uso abusivo de álcool e outras drogas);
c) evolução agravada ou tratamento dificultado – hipertensão arterial, diabetes, coronariopatias, insuficiência renal crônica, câncer, miomatoses."



Apesar do Ministério da Saúde ter todas essas informações e parecer compreender a real situação das mulheres negras o quadro de desatenção e abandono permanece, pois as mulheres negras continuam morrendo de causas evitáveis. Não basta apenas ter os números, não basta apenas compreender, é preciso tomar atitude e ter vontade política para mudar o quadro a que as mulheres negras estão submetidas em nossa sociedade.


Que ações a Área Técnica de Saúde da Mulher vem realizando para as mulheres negras?. Quais foram as mudanças de atitudes dos profissionais em relação a saúde das mulheres negras? Quais as metas da Área Técnica de Saúde da Mulher em relação as mulheres negras? Quais tem sido os resultados?

O SUS têm princípios que devem ser permanentemente lembrados. A universalidade, integralidade e equidade deveria ser realidade para todos cidadãos e todas as cidadãs.

E porque isso não acontece para essas mulheres? Eu acho que voce deve saber a resposta.

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